Noite na taverna
Uma noite...foi horrível...vieram chamar-me: Laura morria. Na febre murmurava meu nome e palavras que ninguém podia reter, tão apressadas e confusas soavam. Entrei no quarto dela: a doente conheceu-me. Ergueu-se branca, com a face úmida de um suor copioso: chamou-me. Sentei-me junto ao leito dele. Apertou minha mão nas suas mãos frias e murmurou em meu ouvido:- Gennaro, eu te perdôo: eu te perdôo tudo...Eras um infame...Morrerei...Fui uma louca...Morrerei por tua causa...teu filhos...o meu...vou vê-lo ainda...mas no céu...meu filho que matei...antes de nascer...
Gennaro torna-se amante de Nauza. Certa noite fria e escura saíram o mestre e o aprendiz. Godofredo pôs-se a contar uma história (a real) de sua vida, expondo o conhecimento que tinha dos fatos, sabendo que Gennaro fora amante da filha e agora é amante da mulher. Musculoso e forte, Godofredo prostrou Gennaro, que caiu em um despenhadeiro. Só não morreu porque ficou preso em uma árvore. Após um dia e uma noite de delírios, acordou na casa de camponeses que o haviam socorrido e, logo que sarou, partiu. Encontrou no caminho o punhal com que o mestre tentara matá-lo. Munido da arma, procurou a casa de Godofredo, que parecia abandonada. Entrou pelos quartos escuros, tateando até a sala do pintor. Encontrando-a vazia, dirigiu-se ao quarto de Nauza e encontrou-a morta, envenenada pelo marido, que jazia morto também e de sua boca “corria uma escuma esverdeada.”