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É possível trabalhar a ciência autônoma sem a influência de outros campos?

No texto de Bourdieu aponta vários questionamentos da realização da ciência por si só e seu conceito implantado em seu próprio campo, sem interferência de outras áreas que não seja a ciência. Segundo Bourdieu, um campo pode ser compreendido como um espaço estruturado de posições, onde agentes estão em concorrência pelos seus troféus específicos seguindo regras igualmente especificas (BARROS, 2003: 120).
Para ele, a sociologia da ciência está baseada na assertiva de que a verdade científica está assentada num estado particular de condições sociais de produção, mas para entendermos o que Pierre Bourdieu quer explicar sobre campo cientifico, vamos entrar mais a fundo em suas teorias e o que elas nos apresenta, como por exemplo ele faz uso de duas formas utilizadas na ciência que é a “ciência pura” que não tem nenhuma interferência externa ( ou de outros campos) e a “ciência escrava” e como seu próprio nome explica que ela é totalmente dependente de outros, como a política e a história.
Uma noção de campo cientifico que podemos ter é no qual estão inseridos os pesquisadores e as instituições que produzem, reproduzem ou difundem a ciência e um outro lado com suas próprias leis sociais, e quanto mais o campo for autônomo menos refratorios e exposto será sobre outros campos. E lembrando também que uma das questões problemas dessa falta de autonomia se dar ao lado do pesquisador onde ele não tem parte somente ao “amor a ciencia” mas também se envolve em questões políticas e sócio-economias . O campo se apresenta como espaço estruturado de posições ou postos, cujas propriedades dependem das posições em ditos espaços e podem ser analisados de forma independente das categorias de seus ocupantes. No âmbito do campo os confrontos pelo poder são constantes e denotam-se as lutas dos recém chegados ao campo que tentarão romper com as fechaduras da entrada e os dominantes que tratarão de defender o