NOBREZA HOMÉRICA
“(…) o homem comum não tem arete e, se o escravo descende por acaso de uma família de alta estirpe, Zeus tira-lhe metade da arete e ele deixa de ser quem era antes. (…) Arete é um atributo próprio da nobreza. Os Gregos sempre consideraram a destreza e a força incomuns como base indiscutível de qualquer posição dominante. Senhorio e arete estavam inseparavelmente unidos. (…) Para a mentalidade grega, que avaliava o Homem pelas suas aptidões, era natural encarar o mundo em geral sob o mesmo ponto de vista.”
A nobreza helênica possuía aquele traço comum de se portar de maneira distinta dos homens comuns, com hábitos, gestos e etc. Isso fazia parte da formação dos nobres. Mas um traço peculiar dessa cultura era o de se orgulhar de ser cobrada em padrões de excelência, de ter um dever em face do ideal. “A luta e a vitória são no conceito cavaleiresco, a autêntica prova de fogo da virtude humana. Elas não significam simplesmente a superação física do adversário, mas a comprovação da arete conquistada na rigorosa exercitação das qualidades naturais”. (…) “O esforço e a vida inteira desses heróis são uma luta incessante pela supremacia entre seus pares, uma corrida para alcançar o primeiro prêmio.
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