No que consiste o conceito de inovação?
por
Gordon Haddon Clark
1 Coríntios 11:28-29: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe, como e bebe juízo para si, se não distinguir o corpo”. (tradução do autor) Antes de participar do serviço de comunhão, uma pessoa deve determinar que ela tenha um entendimento suficientemente correto de seu significado. Talvez a organização congregacional devesse também tomar alguns passos para evitar que os insensatos e profanos participassem. Contudo, aqui, Paulo lança a obrigação sobre cada indivíduo em particular. Quanto entendimento uma pessoa deve ter não é esclarecido, presumivelmente porque há diferentes graus de capacidade intelectual e maturidade cristã. Contudo, mesmo o menos instruído deve saber que o pão não é mais um pão ordinário, pois foi separado pela oração e feito um símbolo da crucificação.
Alguns comentaristas, e presumivelmente a KJ, RSV, e NAS não se preocupam em traduzir a última frase como “se não distinguir” entre o pão comum e o símbolo sacramental. Eles argumentam que diakrino é usado novamente duas vezes em 11:31; a mesma raiz, embora com um prefixo diferente, ocorre duas vezes em 11:32; e o substantivo cognato em 11:34. Nesses casos, a palavra inglesa [N.T.: e portuguesa também] distinguir é inapropriada, e portanto, julgar deveria ser a tradução em todos esses casos.
Em resposta, uma pessoa pode dizer que a situação em Corinto, onde as pessoas transformavam a Ceia do Senhor numa festa desordenada, é melhor usar distinguir do que julgar. Os cristãos certamente não se sentam para julgar o corpo do Senhor, como devemos fazer com nós mesmos segundo os versículos seguintes. Portanto, mesmo que o verbo fosse traduzido como julgar, de acordo com seu significado raiz, ele deveria ser interpretado no sentido de que os coríntios deveriam julgar que o pão simbolizava o corpo. Eles não poderiam julgar o corpo. Eles deveriam distingui-lo. A falta deles consistia