No meu tempo é que era bom
Elimar Silva Melo
Educador
Essa é uma afirmativa que estamos constantemente fazendo ou escutando nos diversos meios que nos relacionamos. Os motivos são variados, há aqueles que gostam de se lembrar da infância com um doce saudosismo trazendo para o presente as possibilidades que não existem mais. Nadar nos rios de águas claras e cristalinas, jogar bola nas ruas de terra batida, descalços e felizes, ficar horas pendurado numa jabuticabeira ou numa mangueira se deliciando e lambuzando, calma e prazerosamente. Há também outras razões para saudade e deleite que estão cravadas em nossa memória e emoções.
Há diversas coisas que lembramos com satisfação e nos fazem bem, fatos e situações realmente gostosas que marcaram nossas vidas. Mas, tudo muda. Situações, condições, ambiente, organizações, tecnologia, conceitos, pessoas, afinal, tudo. O mais espantoso não é apenas a mudança em si, mas a velocidade com que ela acontece e, consequentemente, os efeitos que sofremos para adaptar-nos à uma nova realidade numa rapidez assustadora.
Instituições como bancos, por exemplo, que foram, num passado bem recente, numerosas e grandes empregadoras, mudaram rapidamente. Atualmente não existem muitos bancos que havia há 15 anos. Ou menos, cinco anos atrás. Nem por isso os serviços bancários acabaram, pelo contrário, se multiplicaram e estão sempre se renovando e aperfeiçoando. Há, cada vez mais, máquinas e computadores (banco virtual) resolvendo, em questões de segundos, nossos problemas, os quais demoravam alguns dias, contando com a boa vontade do gerente ou da recepcionista, pouco tempo atrás. Isso aconteceu e acontece em função da mudança de paradigmas e conceitos que alteram posturas e atitudes.
Nesta mesma perspectiva de mudança e sua respectiva velocidade, as instituições educacionais também estão inseridas e vêm mudando a cada dia.
A mais interessante e importante inovação é a conceitual. Em decorrência deste processo, os