No limite
Data: 28/03/2009
Já chegou a conviver com pessoas sem regras, horários, compromissos e obrigações, que acham que a vida e os outros só existem para servi-los a qualquer custo e a seu bel prazer? Se não é o caso, pelo menos conhece gente assim, seja alguém da família, vizinho, companheiro de trabalho (ou ministério), irmãos da igreja. Enfim. E sabe muito bem como é difícil – se não, impossível – tolerar tais pessoas ou atitudes.
Só há uma razão que parece justificar esse tipo de comportamento: falta de limites. Esses indivíduos não sabem dominar a si mesmos, as suas responsabilidades e circunstâncias que lhe cercam, e muitas vezes, para manter a aparência ou para esconder algo, resolvem agir por conta própria, só para demonstrar que estão com tudo sob controle. A proposta da presente matéria não é a de discutir outras questões que possam estar por trás dessa falta de limites, como a educação e influências recebidas, bem como a questão espiritual. Fica para outro momento. A intenção não é outra senão a de trazer à luz um assunto não muito debatido no meio evangélico, mas que tem acarretado uma infinidade de problemas: a falta de limites na vida.
O que é são limites?
O Dicionário Silveira Bueno da Língua Portuguesa define o limite como “fronteira”, “linha de demarcação”. Podemos então dizer que limites é tudo aquilo que demarca, restringe e informa até onde se pode ir. Henry Cloud e John Towsend são autores do livro Limites, quando dizer sim, quando dizer não; assumindo o controlo de sua vida (Editora Vida, 1999). Eles afirmam: “Os limites nos definem o que eu sou e o que são os outros. Um limite pode mostrar onde termino e onde alguém começa, dando-me uma idéia de posse.”
Os limites podem ser físicos e não-físicos:
Limites físicos: Esses são fáceis de percebê-los e até mesmo de respeitá-los, uma vez que a punição ou o dano costuma ser imediato. É fácil entendê-los quando vemos ao nosso derredor placas, faixas, paredes, cercas e