No dia 4 de fevereiro, 600 executivos da fabricante de alimentos Americana Heinz vindos de varias partes do mundo se encontraram, e participaram de um longo ritmo intenso de atividades. Os anfitriões, um grupo de brasileiros, desdobram-se em diversas reuniões, num misto de revisão dos resultados do ano anterior e planejamento para o seguinte.O encontro ganhou certo ar de celebração no terceiro dia, quando alguns funcionários que bateram as metas de 2014 subiram ao palco.No encerramento, todos ouviram uma palestra do carioca Telles – que, ao lado de Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira, é um dos sócios fundadores do 3G Capital. Um mês depois, a tradicional empresa americana sumiria para dar lugar a outra quase três vezes maior. A fusão com a gigante Kraft, num negócio arquitetado pelo 3G em parceria com o mega investidor Warren Buffett, criou uma empresa com o faturamento de 28 bilhões de dólares. A meta do 3G é que, em 2017 a nova empresa valha 100 bilhões de dólares. A criação da nova empresa é a maior evidencia de que para Lemanne e sua turma, o trabalho na Heinz estava pronto para entrar numa nova fase. Em dois anos gastos desnecessários foram cortados. Hoje com a empresa mais leve e rentável, o 3G e Buffett podem começar a jogar o jogo que realmente os interessa. As aspiração dos sócios é criar, com a Kraft Heinz, uma espécie de Nestlé americana. O 3G só saiu do anonimato há menos de cinco anos,com a compra da do Burger King. Tanto no caso da Burger King como no da Heinz, os sócios do 3G seguiram uma tática tradicional do mercado de fundos de private equity. Eles procuram entrar com pouco, e resto tomam o resto emprestado, e depois usam a geração de caixa da companhia comprada para pagar a dívida.Hoje o, 3G é um caso de único no capitalismo global. No pais que inventou o private equity, os brasileiros construíram uma espécie de anti-private equity.Entre os endinheirados que topam essa espécie de encontro ás escuras com os brasileiros estão