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Prof. Dr. José Dornelas Ultimamente, tem-se falado muito a respeito dos problemas enfrentados pelas micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras em se estabelecer no mercado após os 3 primeiros anos de vida. Isto porque o índice de mortalidade dessas empresas sempre foi considerado elevado, porém não se tinha dados concretos que fundamentassem essa afirmativa. Chegava-se a dizer que esses números eram da ordem de 80% ou mais, ou seja, a cada 5 novas pequenas empresas criadas no país, apenas uma sobrevivia após o terceiro ano de vida. Pesquisas do SEBRAE (SEBRAE, 1998a) mostram que esses números não são tão elevados quanto se dizia. Mas também não são animadores a ponto de não nos preocuparmos. O percentual de mortalidade das MPE na região metropolitana de São Paulo chega a 58% nos três primeiros anos de vida. Esses números podem ser extrapolados para todo o país, segundo o próprio SEBRAE, e os resultados não serão tão discrepantes. O fato é que independente do índice ser 58% ou 80% ou outro qualquer, busca-se uma causa principal para esse problema crônico brasileiro, já que essas mesmas MPE são reconhecidamente responsáveis pela maior parcela de empregos gerados no país. Diversas pesquisas e reportagens que veiculam na mídia focam vários aspectos considerados como sendo os grandes causadores desses números. Pode-se citar a crise econômica pela qual passa o país, a falta de incentivos e subsídios do governo às MPE exportadoras, altas taxas de juros, acesso restrito ao crédito, exigência de contrapartidas elevadas ao se pleitear financiamentos junto a bancos, a crescente concorrência estrangeira, entre outros que são diariamente discutidos em vários pontos do país. O que se nota é a constante preocupação em se buscar culpados para os próprios erros e a exagerada preocupação com fatores intangíveis para o empreendedor. Todos esses exemplos citados são verídicos, importantes e