nise da silveira
A peça Nise da Silveira: A guerreira da paz, foi uma experiência bastante marcante, intensa, movida por algumas lágrimas em certos momentos nos quais o ator Daniel Lobo em sua brilhante interpretação conseguia provocar a Catarses no público, através de imagens, partituras corporais precisas, frases de impacto da própria Nise, fazendo refletir, se repensar, praticamente um “respiro para alma”.
O teatro, a meu ver, tem o intuito de provocar no público o questionamento, desacomoda-lo de sua vida regrada e rotineira, para desta forma conseguir atingir o ideal de todo artista engajado com as questões sociais, mudar o mundo pela arte.
A peça se inicia com um momento de metalinguagem no qual o ator mostrasse sem máscaras no palco, dizendo algumas de suas referências para criação do espetáculo. Como o teórico Artaud, que vemos claramente sua influência ao decorrer do espetáculo, pois este autor tem como uma de suas premissas a doação total do ator para encenação. O que é loucura? O que é loucura? Indaga o ator desnudado de personagens ao público, querendo instigar a plateia a se posicionar e sair de sua postura passiva de simples receptor de informações. Surgem várias hipóteses sobre a resposta a essa pergunta. Depois de algum tempo o ator volta a interpretar Nise e responde ao questionamento magistralmente...” ainda bem que vocês responderam, pois eu não me atreveria…”. Achei esta resposta incrível, pois mostra bem a personalidade de Nise, uma pessoa que se formou em medicina e tinha tudo para seguir o padrão de comportamento visto até os dias de hoje que consiste em uma ostentação em ter um diploma de médico especialista, e sim fazer uma medicina diferenciada, preocupada com o que deveria ser o interesse real de todos os médicos que é a saúde integral do ser humano e não o status.
Algumas frases me chamaram bastante atenção como a passagem seguinte: Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo