ninguém nasce moral
Na educação moral, corremos o risco de desenvolver técnicas de doutrinação que escravizam e ajudam a desenvolver o culto à personalidade, Para compreendermos o processo de construção da identidade moral da infância e da adolescência, vamos recorrer a Piaget, psicólogo e filósofo suíço que elaborou teorias conhecidas como “psicologia genética”, base fecunda para princípios pedagógicos.
Segundo a teoria desse psicopedagogo, podemos dizer que não há inteligência inata, a gênese da razão se faz progressivamente em estágios sucessivos em que a criança organiza a razão e o julgamento. Trata-se de uma forma de inteligência egocêntrica, mas não do egocentrismo infantil, que muitos por aí tacham sumariamente de egoísmo. Do ponto de vista moral, após os três ou quatro anos, a criança passa a aceitar a norma exterior, tornando-se mais sociável entre as demais.
Em nome da ética e da moral, há muitos atropelos e imbecilidades ao caráter social da liberdade, contrapondo a idéia individualista de liberdade herdada da mais vil tradição, a burguesa. A expressão mais popular e debochada é que a liberdade de cada um de nós como povo, não passa de uma liberdade fracionada, limitada pela liberdade dos demais. Esquecemos que a liberdade de escolher é diferente da que é apregoada nos cafés, botecos, padarias, nas esquinas e ponto de encontros da vida.
Devíamos saber que a vida moral só é possível com ação e cooperação recíproca e no desenvolvimento da responsabilidade de