Nina Rodrigues
Nasceu
Filho de um coronel, cursou a Faculdade de Medicina da
Bahia, sendo incorporado como catedrático da mesma em
1891.Defendeu a introdução da área de Medicina Criminal nas faculdades de Direito e a instituição de manicômios judiciários no Brasil.
Principais obras e ensaios etnográficos:
-“Os mestiços brasileiros” (1890)
-- “Antropologia patológica: os mestiços” (1890)
-“As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil” (1894)
-“Negros criminosos no Brasil” (1895)
-“A Medicina Legal no Brasil” (1895)
-“Animismo fetichista dos negros baianos” (1896)
-“A loucura epidêmica de Canudos” (1897)
-“Antonio Conselheiro e os jagunços” (1897)
-“Mestiçagem, degenerescência e crime” (1899)
-“Atavismo psíquico e paranóia” (1902)
-“Os africanos no Brasil” (1890-1906); publicado em 1933
“Quando vemos homens, como Bleek, refugiarem-se dezenas e dezenas de anos nos centros da África somente para estudar uma língua e coligir uns mitos, nós que temos o material em casa, que temos a África em nossas cozinhas, como a América em nossas selvas, e a Europa em nossos salões, nada havemos produzido neste sentido! É uma desgraça.(...) O negro não é só uma máquina econômica; ele é antes de tudo, malgrado sua ignorância, um objeto de ciência”
(Silvio Romero, 1888 apud Rodrigues, 2004:12).
SIGNIFICADO DA OBRA :
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Nina Rodrigues empreendeu um esforço etnográfico inédito. Descreveu uma série de práticas culturais de populações negras no Brasil, reunindo dados retirados de fontes escritas e orais sobre “os últimos africanos no Brasil”.
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Foi um dos primeiros autores brasileiros a colocar o “problema do negro” como uma questão fundamental para a compreensão da sociedade brasileira.
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Perspectivas teóricas do autor:
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Seu parâmetro de análise científica baseava-se na ciência positivista: “observação documentada, minuciosa e severa”, realizada com “isenção e imparcialidade”
(Rodrigues, 1935).
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Contudo, seu enfoque