Nietzsche
Das suas ideias mais extraordinárias foi a teoria da morte de Deus. Acreditava que a forma humana era, simplesmente, uma transição entre o macaco e o “Ubermensch” , o super-homem, o ideal de homem que transcende a humanidade, a fraqueza e a falta de respostas, um ser capaz de efetuar o nihilismo(1). Esta ideia de transição e de que o homem está a preparar a vinda do “super-homem” influenciam a maneira do autor atuar, mostrando que as suas atitudes mais controversas não passam de uma tentativa de mudar a mentalidade humana. “Deus está morto” é uma das frases mais famosas de Nietzsche, repetida em mais do que um livro, que tem claramente a intenção de chocar. Mas o que significa realmente esta frase? Para o filósofo não foi Deus que morreu (principalmente porque não acredita na Sua existência e não pode, por isso, acreditar na Sua morte), mas sim a maneira de pensar centrada em Deus. É uma chamada de atenção para as pessoas com vista a demonstrar que Deus não é superior a tudo e que não é ele que valoriza o mundo em que vivemos nem a vida das pessoas (o que outrora acontecera), e quem lhe tirou esse poder de valorização foram as pessoas: “quem o matou fomos nós”. Na minha opinião tudo isto não é tanto uma teoria explicativa da origem e sentido da vida, mas uma indicação comportamental. Um apelo à coragem em substituição da cobardia humana, como dizia Nietzsche “O medo é o pai da Moral”. Não se portem de determinado modo porque Deus quer, não escondam os vossos comportamentos atrás de uma figura toda-poderosa. Portem-se de determinado modo porque a vossa consciência assim diz, tornem-se todos-poderosos. Assim nasce o super-homem, um ser que tem os seus próprios valores e que se guia a si próprio. Assim “morre” Deus, um ser que dita os valores e orienta o modo de vida ideal e só os simples Homens (que não têm a capacidade de transitar para super-homem) seguem.
Outra ideia notável explorada por Nietzsche é o prespetivismo. O