Nietzsche

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A sabedoria dionisíaca no jovem Nietzsche é aquela que põe o saber contra si mesmo. Não se pode encontrar os limites da Razão, apenas a imersão nos deslimites mundanos. O Todo é o torvelinho do Devir que é experienciado na música. A música é o acidente sagrado, construção da inteligência a partir de um mundo de sofrimento, dor; em um conceito, trágico.
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O animal que pode fazer música é para o jovem Nietzsche um animal metafísico...
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No processo de ruptura com Wagner, louva-o por ter dado a oportunidade de mobilizar todas as suas forças para uma “retomada de sua liberdade espiritual”.
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Em Bayeruth, a decepção e a experiência que impulsiona sua mudança radical: a doutrina artística metafísica é abandonada. Diz ter acordado de um sonho.
Até aqui sua relação com Wagner:
O sentimento de maior pertencimento a música de Wagner remonta a “O nascimento da Tragédia”.
Considerando pífias as aspirações wagnerianas, numa exortação ao “Povo Alemão”. Bayeruth deveria ser uma empresa de purificação e consagração da arte alemã.
Nietzsche tem um projeto para a Liga de Wagner recusado. Sua linguagem era “ousada demais”, quando o objetivo é agradar o povo alemão.
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Tenta afastar-se “higienicamente” de Wagner para “permanecer fiel nos pontos mais elevados”.
Daí começam os primeiros desentendimentos: Wagner recusa-se a não dominá-lo por inteiro.
Seus traços mais imperiosos de algum modo deixavam Nietzsche admirado. Mas aceitaria ele ser o objeto desta imperiosidade?
Em Bayruth via da arte se dissipando em divertimento que podia ser pago com dinheiro, com influência política.
Ainda na preparação é posto de lado; os “ociosos da Europa” eram mais importantes.
Decide viajar para Bohemia, mas volta para assistir os festivais.
Na superação racional de um mito, abre-se a possibilidade de sua apreciação estética; aparece como um revigorante espiritual e com um alto valor heurístico para a vida.
Aos poucos percebe que com o desaparecimento dos deuses – e com a morte