Nietzsche

939 palavras 4 páginas
Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas-DFCH
Disciplina: Hermeneutica
Docente: Savio Rosa
Discente: Jerceone Euzébio Carvalho Júnior

Comentários de fragmentos do texto: Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral.

“O que sabe propriamente o homem sobre si mesmo! Sim, seria ele sequer capaz de alguma vez perceber-se completamente, como se estivesse em uma vitrina iluminada? Não lhe cala a natureza quase tudo, mesmo sobre seu corpo, para mante-lo a parte das circunvoluções dos intestinos, do fluxo rapido das correntes sanguinias, das intricadas vibrações das fibras, exilado e trancado em uma consciência orgulhosa, charlatã! Ela atirou fora a chave: e ai da fatal curiosidade que através de uma fresta foi capaz de sair uma vez do cubiculo da consciência e olhar para baixo, e agora pressentiu que sobre o implacavel, o avido, o insaciavel, o assassino, repousa o homem, na indiferença de seu não-saber, e como que pendente em sonhos sobre o dorso de um tigre. De onde neste mundo viria, nessa constelação o impulso a verdade!”
“O próprio homem, porém, tem uma propensão invencivel a deixar-se enganar e fica como que enfeitiçado de felicidade quando o rapsodo lhe narra contos épicos como verdadeiros, ou o ator, no teatro, representa o rei ainda mais regiamente do que mostra a efetividade. O intelecto, esse mestre do disfarce, está livre e dispensado de seu serviço de escravo, enquanto pode enganar sem causar dano e celebra então suas saturnais. Nunca ele é mais exuberante, mais rico, mais orgulhoso, mais hábil e mais temerário: com prazer criador ele entrecruza as metaforas e desloca as pedras-limites das abstrações, de tal modo que, por exemplo, designa o rio como caminho em movimento que transporta o homem para onde ele, do contrário, teria de ir a pé.”

O homem busca o dominio do que ele é, mas o que é apresentado a ele é o que ele não é. Desde o princípio o ser humano se engana nas mais diversas

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