Nietzsche, educação e emancipação
Pós- modernista, Nietzsche é considerado como um homem a frente do seu tempo. O filósofo provocador. Suas idéias defendiam a “transvaloração de todos os valores”, desestabilizavam as certezas habituais, criticava os velhos valores e as crenças mais enraizadas.
“Provocador é aquele que provoca. Provocar é incitar, estimular, desafiar para um combate ou duelo, atrair, chamar sobre si, tentar, procurar seduzir, dirigir provocações, ocasionar, causar, estimular, injuriar, originar, facilitar. Todos esses sinônimos, se encaixam perfeitamente na obra e no pensamento de Nietzsche (1844-1900).” A partir dessas idéias, este trabalho tem como objetivo abordar a filosofia de Friedrich Wilhelm Nietzsche no que se refere à educação e as possibilidades para a emancipação através desta.
O filósofo-educador
“Educar os educadores!
Mas os primeiros devem começar por se educar a si próprios. E é para esses que eu escrevo.”
Nietzsche
A educação foi um dos objetivos de estudo de Nietzsche, além de aparecer, por vezes implícita em toda a sua obra. As consequências de suas formulações para a educação são, no mínimo, instigantes, pois retiram a base que sustenta o processo educacional: a crença em um sujeito autônomo. A crítica nietzscheana abala as possibilidades das teorias educativas, já que considera o sujeito como constituído em relações de poder e não mais como identidade racional, moral e integrada. Friedrich Nietzsche quis ser o grande "desmascarador" de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano. Aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. E assim a moral tradicional, e principalmente esboçada por Kant, a religião e a política não são para ele nada mais que máscaras que