Nicolau
Suas linhas de pesquisa estão direcionadas para a História da Cultura, principalmente a do século XX. Interesse especial na relação entre História, cultura e tecnologia.
Filho de imigrantes russos, da região da Ucrânia (imperialismo soviético). Família perseguida política do regime stalinista, pois seu avô lutou na primeira guerra e na guerra civil. Precisaram emigrar, circularam pelo mundo. Os que ficaram foram “engolfados pelo regime e pela repressão”. Sentimento de pânico e alerta permanente entre os familiares. Foi criado em uma colônia eslava no interior de SP, região montanhosa. Ambiência comunitária muito fechada. Passou a ter contato com a realidade brasileira na escola e, depois, no segundo grau (médio). Maior parte dos colegas era de origem imigrante: asiáticos, eslavos, árabes e europeus ocidentais.
Pai morreu quando ele tinha 5 anos. Era carpinteiro, de orgiem. O modelo de arquitetura que se praticava na Ucrânia era baseado em encaixes de madeira. Aqui no Brasil tornou-se engenheiro de obras.
Mãe trabalhou como tecelã até o início do regime militar. Regime revogou uma lei que amparava pessoas com estabilidade empregatícia. Mãe perdeu o direito e não conseguia emprego. Ele e irmão começaram a trabalhar com na adolescência (12 e 15, respec.)
Viviam próximos ao parque industrial do ABC, região que concentrava sucata. Ele e irmão passaram a coleta-la para vende-la.
Estudou em escolas públicas ao longo da vida. No início da vida escolar, não sabia falar português e tinha certas dificuldades de entrosamento com outras crianças o que o levou a criar uma dependência dos contatos extra-comunitários. Desde cedo tinha interesse pela literatura, era de família. Livros eram sua obsesão.
Avalia que a família e a escola foram importantes para ajudá-l do qual ele não gostava, o a superar o clima hostil ao redor na sua infância. Objetivo era de se formar em engenharia. Optou pelas Ciências Humanas no