nicolau Maquiavel

Resumo das páginas 13 a 19 do livro “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú” de Maria Teresa Sadek
Os termos “maquiavélico” e “maquiavelismo” são usados frequentemente durante o dia-a-dia. O uso desses substantivos e/ou adjetivos excederam o ramo da política e passaram a ser usados, também, nas relações interpessoais. Porém esses termos são utilizados, na maioria das vezes, com uma conotação nociva, pérfida, nefasta, traiçoeira, etc. É usada como uma forma de criticar o adversário julgando-o sempre como mau. Claramente trata-se de um pré-conceito superficial, que foi criado sem o conhecimento histórico da vida do autor e do cenário em que a obra teve origem. Contudo grandes filósofos, como Jean Jacques Rousseau, defendem Maquiavel. Rousseau assegura: “Maquiavel, fingindo dar lições aos Príncipes, deu grandes lições ao povo” (Sadek p.14).
Filho de um advogado renascentista, Maquiavel nascido em Florença em 3 de maio de 1496, cresceu em um cenário político conturbado. A península Itálica era composta por vários pequenos Estados, com regimes políticos, desenvolvimento econômico e culturas diferentes. Logo estavam sujeitos a constantes invasões por povos bárbaros, isto também se devia ao fato de que a maior parte dos governantes não conseguiam se manter no poder em um espaço de tempo de dois meses. Em 1498, aos vinte e nove anos de idade, Maquiavel assume o cargo de destaque na vida pública. Ele passa a ocupar a Segunda Chancelaria, durante o governo de Soderini. Todavia suas ocupações diplomáticas sofreram uma drástica interrupção a partir do momento em que os Médicis recuperaram o poder e retornaram para Florença. Em 1512 desfaz-se a república, e Nicolau acaba sendo demitido, proibido de abandonar o território florentino durante um ano, e lhe é vedado o acesso aos prédios públicos. Logo, em 1513, ele é acusado de estar participando de uma malogra conspiração contra o governo dos Médicis. Por causa disso foi torturado, condenado a prisão