New towns
No pós 2ª Guerra Mundial Inglaterra, bem como muitas outras cidades europeias, encontrava-se devastada e sobrelotada essencialmente com proletariado. O Barlow Report de 1940 analisava a distribuição da população operária e sugeriu a sua dispersão e a intervenção sobre as cidades de forma a desdensificar e descentralizar. A preocupação com o rumo das cidades levou o Welfare State Inglês (o Estado Providencia) a tomar parte activa investindo e responsabilizando-se pelas novas cidades construidas por funcionários públicos competentes e procurou convencer as populações sobre as vantagens de viver em new towns. Londres precisava, tal como outras cidades inglesas, de soluções para os centros urbanos sobrelotados e, assim, quando Lewis Silkin, grande crente na filosofia das new towns, foi nomeado “minister of town and country planning”1 tomou uma posição activa e surge o New Towns Act em 1946. Inglaterra, embora não fosse um país de grandes transformações vanguardistas modernas teve uma leitura das cidades modernas e juntou o conceito de cidade funcionalista com cidade-jardim e surgem as New Towns inglesas – 1947 a 1967 - realizadas com base na lei de 1946, influenciadas pelo funcionalismo proposto na Carta de Atenas de Le Corbusier e prendendo-se directamente com a tradição da cidade-jardim de Howard – cidade central rodeada por um jardim que por sua vez seria rodeado de cidades-satélite auto-suficienctes (socialismo utópico) - foi adoptada não só para definir o perímetro da aglomeração projectada como também para separar as diferentes zonas da cidade (residenciais, comerciais, industriais) entre si. A realização das new towns inglesas suscitou um amplo debate sobre a causa das dificuldades das fases iniciais e os resultados desses debates tiveram influência na determinação das mesmas e no seu planeamento. São consideradas três as