Neurotransmissores
Ano lectivo 2006/2007
Aula teórica nº 4: Neutransmissores
Neurotransmissores
João Bruno Soares
Prof Doutor Adelino Leite Moreira Para o normal funcionamento do SNC é necessário que as células que o constituem, os neurónios, se comuniquem entre si, isto é, transmitam o seu potencial de acção. Essa comunicação faz-se através de estruturas designadas por sinapses. Existem dois tipos de sinapses: as sinapses eléctricas e as sinapses químicas. Nas primeiras, menos numerosas, a transmissão do impulso dá-se pela passagem da corrente eléctrica entre duas células através de estruturas chamadas junções de hiato. As junções de hiato são comunicações intercelulares formadas pela aposição estruturas membranares chamadas conexões. Cada conexão é composto por 6 subunidades de uma proteína chamada conexina. Da aposição de conexões de 2 células resulta a formação de um canal que permite a passagem de moléculas hidrossolúveis com peso molecular até 1200-1500 e também de corrente eléctrica entre o citoplasma dessas células. As sinapses eléctricas têm algumas características interessantes como: 1) podem conduzir o impulso bidireccionalmente, embora algumas conduzam-no preferencialmente num sentido (rectificação); 2) podem fechar em resposta a um aumento de Ca2+ ou H+ intracelulares ou à despolarização de uma das células; 3) não sofrem atraso sináptico pelo que são particularmente úteis em vias de reflexos quando é necessária uma resposta rápida ou quando é necessária uma resposta síncrona de vários neurónios; 4) estão presentes em múltiplas células não nervosas como p.e hepatócitos, cardiomiócitos, células musculares lisas intestinais e células do epitélio do cristalino. Nas sinapses químicas, mais numerosas, a transmissão do impulso envolve a libertação por uma célula pré-sináptica de uma substância química chamada neurotransmissor (NT) que após ligar-se à célula pós-sináptica vai alterar o seu potencial de membrana. As sinapses