Neurose e psicose

490 palavras 2 páginas
Esse trabalho tem por objetivo apresentar a aplicação da nova hipótese discutida por Freud em o Eu e o Id a respeito da diferença genética entre neurose e psicose. A diferença genética postulada por Freud é que a neurose seria o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ou seja, entre aquilo que o sujeito é de fato foi, com aquilo que ele desejaria prazerosamente ser ou ter sido, e a psicose seria o desfecho de um distúrbio entre o Ego e o Mundo externo. De acordo com Freud (1924) na neurose de transferência, o “eu” se nega ou se recusa a acolher uma proposta pulsional oriunda do Id, ou se nega a conduzi-la a uma resolução motora, ou ainda se opõe à proposta do acesso ao objeto alvo. O “eu” então utiliza do mecanismo recalque como defesa. Porém esse conteúdo recalcado resiste a sucumbir-se e retorna por meio de um representante substituto elegido por ele e que o “eu” não teria influencia, é daí que decorre o sintoma. O “eu” continua a luta, mas agora ele irá lutar não com a negação do acesso ao objeto pulsional alvo, mas com o sintoma que termina por resultar numa neurose. O que de fato se mostra neste aspecto é que o “eu” se coloca a serviço do supra-eu e da realidade e acaba entrando em conflito com o id, é desta forma que se apresenta as neuroses de transferência. Na psicose, o sujeito rompe com o mundo externo, não tomando conhecimento, não percebendo, ou quando o percebe, essa percepção fica sem conseqüências. De acordo com Freud (1924), o mundo externo que domina o “eu” acontece por duas vias: percepção renovável ou repertório de lembranças de percepções passadas, neste último caso seria o nosso “eu” interno. Nesses distúrbios da psicose o sujeito recusa as percepções e esvazia as cargas de investimentos do mundo interno. Sabendo que esse mundo interno advém de uma cópia do mundo externo, que funciona de forma a representar a realidade externa, na psicose então o sujeito cria um mundo novo tanto interno quanto externo, um mundo regido pelos

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