Neuroplasticidade: relações com o comportamento
Curso: Psicologia (3º período)
Disciplina: Neurofisiologia Humana
Neuroplasticidade: Relações com o Comportamento
A estrutura e a função das respostas de um indivíduo são fundamentalmente determinadas pelas interações organismo-ambiente vivenciadas pelo mesmo. Este processo ocorre pelo estabelecimento de contingências das relações entre os eventos ambientais e as respostas do organismo, ou seja, são determinantes no comportamento estas relações condicionais entre as classes de estímulos para com este, tanto estas relações sendo antecedentes ou subseqüentes.
Os indivíduos de cada espécie possuem, assim, um repertório comportamental resultante, primeiro, das contingências filogenéticas – atuantes durante a evolução selecionando classes de comportamento úteis à sobrevivência da espécie – e segundo, das contingências ontogenéticas – estas atuando através das relações particulares estabelecidas pelo organismo com o ambiente no decorrer da vida do indivíduo, selecionando as classes de respostas mais adaptáveis à mutabilidade do ambiente. Vale dizer, portanto, que as histórias filogenéticas, ontogenéticas, e culturais produzem o comportamento de um indivíduo.
Todos estes fatores determinantes das respostas do indivíduo produzem também alterações nas funções, na forma e no tamanho do sistema nervoso. A evolução propiciou o surgimento de cérebros com uma abundância e variedade de circuitos neurais absolutamente modificáveis pela experiência. Dessa forma, o sistema nervoso, ao interagir com o ambiente, modifica-o e é modificado por ele. Esta capacidade representa a plasticidade do sistema nervoso, ou seja, a neuroplasticidade, que se faz presente em todas as etapas da ontogenia do indivíduo, inclusive na fase adulta e na velhice.
Comportamento e Plasticidade Neural
Os objetivos principais do estudo do comportamento se baseiam na identificação, descrição e na programação de relações condicionais que estabeleçam e