netshoes
Marcio Kumruian criou, em uma década, uma das maiores varejistas online do país, a Netshoes. A empresa, que fatura 1,2 bilhão de reais, prepara-se para abrir o capital nos Estados Unidos. É o começo da fase mais desafiadora de sua história
Luiza Dalmazo, EXAME inShare3 Orkutdel.icio.usQuem passa bem por ela entra para o grupo dos países ricos (Japão e Coreia do Sul são os exemplos mais famosos). Nas empresas, é quando as promessas se tornam gigantes que combinam crescimento com rentabilidade. A companhia aérea Gol é um caso notório em que tudo que vinha dando certo começou a dar errado. Era uma empresa pequena, ágil, inovadora, admirada e muito rentável.
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Ao se tornar grande, adquiriu todos os defeitos que suas concorrentes antigas tinham — inclusive a tendência a perder dinheiro, como o prejuízo de 2,2 bilhões de reais nos últimos dois anos deixa claro.
Para a Netshoes, a transição não será fácil. Empresas grandes são também mais complexas. Os investidores torcerão o nariz se, na transição do prejuízo para o lucro, o crescimento cair muito — no mundo da internet, nada é mais fácil do que perder o encanto para outra empresa novata que surge.
A concorrência, que a deixou reinar praticamente sozinha em seu nicho, vai atrapalhar desta vez. O varejo online ainda representa 4,6% do total do comércio e cresce 25% ao ano no Brasil.
“Essa fatia pode dobrar na próxima década”, diz Gene Munster, diretor do Piper Jaffray e um dos mais conceitua¬dos analistas de tecnologia dos Estados Unidos. É natural que todos estejam de olho no mercado da Netshoes. A Centauro, maior rede de varejo esportivo do país, com receita de 1,7 bilhão