nervos cranianos
I – Nervo olfatório
O nervo olfatório é formado por cerca de 20 filetes nervosos que atravessam a lâmina crivosa do etmóide. Estes filetes são os axônios das células olfatórias localizadas na mucosa olfatória — parte mais alta das fossas nasais — e terminam no bulbo olfatório. Fazem sinapse com as células mitrais e seguem para o rinencéfalo, que faz parte do sistema límbico. É um nervo essencialmente sensitivo.
Geralmente a queixa do paciente diz respeito a sensações gustativas, mas se bem interrogado, nota-se que o paciente sente gosto — salgado, ácido, amargo — sendo que sua sensação diz respeito às apreciações mais finas, ligadas à olfação.
Pesquisa: testar a capacidade olfativa do paciente, uma narina de cada vez, usando substâncias bem conhecidas como café, fumo, perfumes. Não usar produtos irritantes como amoníaco, que estimulariam o trigêmeo, gerando um reflexo nasolacrimal.
Alterações da olfação
Anosmia: perda da sensibilidade olfatória.
Hiposmia: diminuição da sensibilidade olfatória.
Perturbações qualitativas: parosmia e cascomia (lobo temporal).
Alucinações olfativas: aparecem nas crises uncinadas (epilepsia-temporal).
Anosmia histérica: o paciente não se queixa de alteraçõesna gustação.
As causas mais comuns dessas alterações são: resfriados (hiposmia), tumores nas fossas nasais, fraturas de crânio, tumores cerebrais — meningiomas, craniofaringiomas, diabetes, tabes, etc.
II – Nervo óptico
O nervo óptico se origina na retina a partir das células sensitivas; emerge próximo ao pólo posterior do bulbo ocular, sendo este ponto denominado papila. Neste ponto, faltam todas as camadas retinianas, com exceção das internas, não sendo ele, portanto, sensível à luz, e correspondendo ao “ponto cego” do campo visual.
Penetra no crânio através do canal óptico, unindo-se ao nervo óptico do outro lado, formando assim o quiasma