neotomismo e o serviço social
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Neotomismo e Serviço Social Vimos que o serviço social nasce no seio do trabalho social da Igreja católica, que, na virada do século XIX para o XX, busca enfrentar a questão social, agravada pelo desenvolvimento do capital. Vimos também que esse enfrentamento tem como princípio e objetivo final o trabalho apostólico dos leigos fiéis. Toda a prática assistencial foi, portanto, no período que vai de fins do século XIX até 1960 (no Brasil), um trabalho religioso. Sendo assim, é evidente que a noção de caridade deveria estar no centro dessa prática. E nós vimos que a noção paulina de caridade teve importância crucial na teologia de Tomás de Aquino. Não por acaso, assim, será o pensamento de Tomás que estará na base do trabalho social da Igreja. da mesma fonte – o catolicismo – seguiram caminhos muito parecidos. A diferença é que, em São Paulo, houve a Faculdade Livre de Filosofia e Letras do Largo de São Bento. Dela sairão professores e alunos que irão para as escolas de Serviço Social. Outra diferença é que São Paulo receberá o neotomismo quase que de sua fonte original: a Bégica. No Rio, o neotomismo entra no serviço social mais ligado a instituições católicas locais, e o autor fala da presença dos jesuítas nesta história. E o importante é que lá o movimento da AC estará ligado diretamente ao nascimento da PUC. Na seqüência o autor trata especificamente de alguns neotomistas no Brasil. É interessante a trajetória e o papel de Van Acker, que se define como um restaurador da filosofia aristotélico-tomista. Ele virá inicialmente para a Faculdade de Filosofia do Largo de São Bento e posteriormente irá para a Escola de Serviço Social. Vocês podem imaginar a influência de suas palestras, à época (p. ex., a de 1941, intitulada “As bases do serviço social”). Outro nome importante, em São Paulo, será o de Alexandre Correia, primeiro tradutor da Suma Teológica no Brasil. Formado em São Paulo e na Bélgica. Note-se que ambos pretendem pôr o tomismo em diálogo com a