Neopositivismo
“Geografia Teorética e Quantitativa” ou “Geografia Neopositivista” ou ainda “Nova Geografia” são formas alternativas de nomear uma das escolas inseridas no amplo espectro do pensamento geográfico. Provocando profundas modificações no seio dessa ciência, obrigou os geógrafos a repensarem os conceitos básicos e os fundamentos teórico metodológico da geografia.
Esse movimento, que abalou os alicerces da disciplina, nasceu da insatisfação de alguns geógrafos progressistas em relação a uma “Geografia Tradicional”, de influência francesa, empírica e descritiva e que acabou ficando defasada em relação às demandas teórico explicativas.
O que aconteceu é que logo após o término da Segunda Guerra Mundial, a sociedade viu-se amplamente transformada. Algumas mudanças podem ser citadas como as mais notáveis: a substituição do modo capitalista concorrencial pelo capitalismo monopolista; controle de economia pelos Estados, surgindo a preocupação com a prática do planejamento regional (no caso brasileiro, podemos citar os períodos caracterizados pelo governo de Juscelino Kubitscheck e dos militares); preocupação com o domínio dos territórios (uma nova geopolítica mundial); reorganização do espaço (agora “mundializado”); modernização da agricultura(provocando grande êxodo rural) e industrialização; advento de um comércio pré globalizado (intrincada rede de fluxos e relações, até então nunca vistas); implementação de políticas necessitando de profissionais( onde entra os Assistentes Sociais, mesmo com uma base teórica não definida).
As Ciências Sociais se viram obrigadas a forjar reformulações internas, em função das rápidas inovações tecnológicas e muitas delas puseram fé no aparente poder explanatório de ferramentas teóricas quantitativas, implementadas no pós guerra. O aparecimento da teoria dos sistemas, do método estruturalista e, no campo mais operacional (pragmático), das técnicas estatísticas e dos computadores, exemplificam o novo rol de recursos