Neoinstitucionalismo
Para bem compreendermos a dinâmica do movimento neoinstitucionalista, proponho que voltemos aos primórdios do velho institucionalismo. A história desse paradigma que por muito tempo dominou as análises geradas no seio da Ciência Política remonta a Aristotéles, em sua clássica análise da Constituição ateniense. O argumento seminal de Rousseau sobre o uso de procedimentos políticos para o alcance do interesse público e a reificação das leis e costumes de Montesquieu aprimoraram ainda a visão que se formava a respeito da importância das instituições durante o século XVIII. Entre o fim deste e o início do XIX, Tocqueville e os federalistas norte americanos deram às instituições sociais e políticas da região o peso da responsabilidade pelo sucesso da democracia republicana presidencialista nos Estados Unidos. Nesse mesmo país, entre o final do século XIX e início do XX, foram consagrados os estudos de economia política de Thorstein Veblen, John Commons e Weslei Mitchell, que apontavam as instituições sociais – hábitos, costumes, leis – como pilares organizativos dos processos políticos e econômicos.
Apesar da toda a força e substância história desse movimento, o excessivo enfoque na variável formal-legal e a ausência de um método científico reconhecido enfraqueceram a corrente teórica institucionalista, dando espaço, a partir da década de 30 – com a liderança de Charles Merriam no departamento de Ciência Política da