Neoimperialismo ou Imperialismo de novo?
“Se tivéssemos de definir o imperialismo da forma mais breve possível, diríamos que ele é a fase monopolista do capitalismo”.
(LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Global, 1987, p.88).
Hoje, mais do que nunca, os Estados Unidos – narcisista, estratificado, oligárquico e plutocrata-burguês –, tornou-se o “umbigo” do mundo e, como toda vítima da globalização atual que só olha para o próprio umbigo, todos estão voltados para a maior potência do nosso planeta, prior deste sintagma neocapitalista utópico moderno. O “placebo” Capitalismo vem perdendo, consideravelmente, sua denotação inicial, e passa, cada vez mais, a simbolizar, conotativamente, a doméstica economia política ditatorial norte-americana que está realizando um verdadeiro “pan-genocídio” contra toda e qualquer espécie de modelo comercial-financeiro antagônico (exemplo clássico de heresia mercantil) que possa vir a confrontar os interesses da “economia mista” anti-keynesiana neoliberal – ou seria liberal de novo? –, também conhecida como “desconsentido” Consenso de Washington. O monolitismo ortodoxo estadunidense a nível internacional tem transformado as leis de mercado em fundamentos obsoletos e, com a implantação, ou melhor, com a imposição de ferrenhos e despóticos axiomas político-econômicos vem sobrepujando a economia global a um processo que poderia ser denominado “curral financeiro”. Vale agora abrirmos um pequeno parêntese para ressaltar um controvérsico e paradoxal sofisma: Ao mesmo tempo em que os “guardiões dos mais nobres valores da civilização”, os Estados Unidos, fomentam a abertura do comércio entre os países de seu interesse, a sua economia torna-se cada vez mais protecionista e isolacionista. Afinal, eles apoiam ou não a globalização? Grande parte dos países em desenvolvimento, principalmente na América Latina (apêndice natural dos EUA), torna-se presa fácil e encontra-se subjugada pelo tirânico e