Neoevolucionismo
O neoevolucionismo cultural surge no inicio do século XX e tem como seus representantes: Leslie A. White, V. Gordon Childe e Julian Steward.
Para eles, o estudo da evolução social está intimamente relacionado com o da evolução tecnológica. Também descrevem o processo da cultura tendo por base etapas de desenvolvimento. Leslie A. White, seu maior defensor, preconizou o retorno à “culturologia”, que consiste em elaborar generalizações relativas à evolução cultural. Seguiu o esquema de
Morgan, embora tenha estabelecido outro critério, o da energia do homem, para a delimitação dos estágios de evolução.
Segundo Herskovits, White realizou intensa campanha para reabilitar o evolucionismo e, em seus estudos, “apurou e refinou os conceitos dos evolucionistas”. Achava que o erro básico dos que atacam a evolução foi o de não terem conseguido “distinguir evolução da cultura da história cultural dos povos”.
Renovou os conceitos sobre os quais podem ser estabelecidas generalizações, uma vez que, para ele, o nível de desenvolvimento cultural deve ser avaliado pela quantidade de energia de que uma sociedade dispõe. Desse modo, os índices de progresso seriam definidos, levando em consideração o domínio sempre maior, no curso da historia, de fontes de energia cada vez mais abundantes e diversificadas.
White afirma que o “homem explora seu modo circundante ou âmbito natural para obter dele os meios que lhe permitem sustentar sua vida, perpetuar a espécie”. Considerava importante estudar não só a evolução cultural, como também o estabelecimento das seqüências de seu desenvolvimento e os fatores que a motivaram.
Estabeleceu, a exemplo de Morgan, três etapas principais de evolução, levando em consideração a energia despedida pelo homem, que são:
Esquema de White
Períodos
Estágios
Selvageria
(Baixo)
Energia do próprio corpo, salvo exceções no emprego do fogo, do vento e da água.
Barbárie
(Médio)
Energia na domesticação dos