Neoconservadorismo e preconceito ao negro
Não podemos falar de racismo contra os negros, sem falarmos de todo o processo histórico que foi determinante para que hoje o negro seja considerado inferior, porém nos restringimos a observar esse processo histórico apenas no Brasil.
A escravidão no Brasil começa no século XVI - os escravos eram trazidos da África para trabalhar nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro - e junto com a escravidão o caráter subalterno da raça negra, os negros eram vistos como pessoas inferiores, e mesmo depois de muitas lutas por direitos, e não podemos deixar de dizer, muitas conquistas, o racismo existe até os dias de hoje, mesmo nas mais mascaradas formas, onde quer que se vá pode-se presenciar a diferença que a cor da pele faz.
Nos anos que duraram a escravidão (século XVI até o final do século XIX) o negro sempre esteve excluído da sociedade, não era um ser de direitos, era um ser de deveres. Após a abolição da escravatura em 1888 esses escravos, que agora podemos chamar de “cidadãos livres”, foram soltos nas ruas, sem moradia, sem emprego, sem educação, sem assistência do estado, enfim, sem oportunidades de ter uma vida digna.
A vida dos negros após a escravidão não mudou muito, eles não encontravam um espaço na sociedade, e sempre eram alvos de preconceito, alguns continuavam o trabalho no campo para a própria subsistência, e os que iam morar na cidade encontravam uma forte concorrência com os imigrantes, formando uma mão-de-obra marginalizada. Os negros foram jogados no mundo dos brancos sem nenhuma condição de se integrarem na sociedade.
O período que se seguiu à forçada abolição da escravatura pela princesa Isabel aprofundou a discriminação e a opressão do negro nos séculos seguintes. O negro, então livre, foi emparedado por esse processo, tão cruel quanto a própria escravidão. Aos ex-escravos sobraram os subempregos, o desemprego, a marginalização progressiva, e consequentemente, a