Neoclassicismo brasileiro
Momento histórico
Com a descoberta do ouro em Minas Gerais (final do século XVII), o centro econômico da Colônia deslocou-se do Nordeste para o Sudeste. Assim, no apogeu da produção aurífera, a região de Vila Rica e Rio de Janeiro tornaram-se o centro politico e cultural durante toda a segunda metade do século XVIII.
Uma pequena burguesia letrada fazia ecoar na Colônia as ideias do Iluminismo francês. No final da década de 1780 acorreu a Inconfidência Mineira, sufocada pelas pressões de 1789.
Foi nesse ambiente de crise e de efervescência de ideias que surgiu o Neoclassicismo, também chamada Escola Mineira. Influenciados pelo Iluminismo francês os nossos poetas árcades estavam comprometidos com o pensamento mais avançado do século XVIII, alguns ate participaram da Conjuração Mineira.
Principais artistas
Claudio Manoel da Costa (pseudônimo: Glauceste Satúrnio) - É o primeiro poeta da transição: em mais de um aspecto, sua poesia ainda está ligada ao cultismo barroco. Sua obra lírica constitui-se principalmente de sonetos e éclogas (composições poéticas descritivas e elogiosas da vida rural).
Tomás Antônio Gonzaga (pseudônimo: Dirceu) - Em sua adolescência apaixonou-se por Maria Dorotéia. Gonzaga nunca se casou com ela, mas esse namoro tornou-se o primeiro mito amoroso de nossa literatura e inspirou uma de nossas mais belas obras líricas.
José Basílio da Gama - escritor da obra de “O Uruguai”, que foi uma das mais importantes do período.
Frei Jose de Santa Rita Durão – prestigiado professor de teologia, sua grande erudição transparece nas longas descrições de seu poema.
Produção da época
Vila Rica: poema épico de Claudio Manoel da Costa
Marília de Dirceu: obra poética de Tomas Antônio Gonzaga, considerada a mais importante do século XVIII brasileiro e uma das mais expressivas do Neoclassicismo em língua portuguesa. Há nessa obra a existência de duas tendências. Primeira: o equilíbrio neoclássico, com a utilização