Nem todo indio é parente
Hoje, a população indígena da América Latina é estimada em cerca de 50 milhões, dos quais 24 milhões vivem na Bolívia, Equador, Guatemala, México e Peru. Eles estão também na América do Norte, no Canadá e nos Estados Unidos. Os povos mais ao norte do continente vivem no círculo polar ártico. São os inuits, ou esquimós. Já nos Estados Unidos são proprietários de empreendimentos milionários, como a tribo Seminole, proprietária de cassinos na região de Kissimmee, na parte setentrional da Flórida. Não há laços genéticos entre esses povos. Cada um tem sua própria identidade e heranças de DNA diferentes.
Índio Seminole
Na América Latina, os índios se misturaram bastante aos antigos colonizadores. A maioria dos latino-americanos é de mestiços, mistura de indígenas e europeus, além dos negros: os indígenas e os mestiços juntos representam 85% da população do México, Bolívia, Panamá e Peru, 90% da do Equador e chegam a ser mais expressivamente representados no Chile, Honduras, El Salvador e Paraguai, de acordo com pesquisa do Banco Mundial publicada em 2004.
Os camponeses indígenas constituem 60% da população total da Bolívia e da Guatemala. De toda a América Latina, o Uruguai é o único país que não possui população indígena. A Argentina também é majoritariamente européia do ponto de vista da sua composição étnica, apesar da presença no norte do país.
O México concentra o maior número de índios do centro-norte do continente, com 12,7 milhões de pessoas, seguido da Guatemala, com seis milhões (a metade da população), segundo o relatório anual "O Mundo Indígena" de 2005.
Os índios na América do Sul vivem principalmente na região do planalto. A Bolívia, com 37 povos indígenas, possui mais de cinco milhões, 60% de seus habitantes. Em proporção à população total, a Bolívia é seguida pelo Equador, onde os índios representam 35% dos 12,5 milhões de cidadãos, e pelo Peru, com uma percentagem similar, o que significa cerca de oito