Nelson Mandela
Acusado de subversivo, de agitador, de terrorista, pelos defensores do Apartheid, Mandela foi penalizado, condenado, ficando preso durante 27 anos. Mesmo nos momentos mais difíceis, em cada oportunidade que tinha, abria um sorriso tranquilo, sereno, na certeza de que sua luta não seria em vão. Depois de três décadas encarcerado, foi liberto para não só assistir ao fim do regime autoritário da segregação, mas também ser eleito o primeiro presidente negro da África do Sul. Demorou, mas ele conseguiu.
Os sul-africanos compreendiam-no, pois suas palavras atingiam o coração daquela gente sofrida. Tudo o que Mandela queria era que todos se respeitassem e vivessem verdadeiramente como irmãos. Em sua caminhada, a coragem suplantava o medo, os acordos venciam conflitos e a esperança acalmava o desespero. Sua mente aberta e seu bom coração se volviam na direção dos sonhos, abrindo brechas para o alicerce da liberdade. Mandela não foi vingativo. Mesmo quando esteve no poder zelou pelo respeito e pela integridade de todos, inclusive dos que o perseguiam e o condenaram injustamente.
Um exemplo de luta e vitória não só para o seu povo, mas para o mundo inteiro. Seu velório atraiu chefes de Estado de toda parte. Um reconhecimento alcançado por poucas personalidades políticas.
Hoje o mundo reverencia Mandela, relembra seus feitos. Muito merecidamente, pois nenhum outro foi tão significativo na luta que pôs fim aos 45 anos de Apartheid na África do Sul. Mas essas belas manifestações não implicam grandes mudanças. Esperamos, pois, que nossos líderes e nossas autoridades coloquem em prática os