Negócios - palavra do gestor
De forma geral, o mês de dezembro foi marcado pela melhora na percepção de risco global e pelas discussões sobre o “abismo fiscal” americano. O impasse entre Republicanos e Democratas sobre como atingir o equilíbrio fiscal no longo prazo prevaleceu. Mesmo assim, o S&P subiu 0,71% no mês, as treasuries de 10 anos fecharam 16 bps com taxa de 1,78% a.a e o petróleo subiu 3,27%, cotado a USD 91,82 o barril. Com relação aos indicadores econômicos, os dados de atividade e mercado imobiliário americano continuaram fortes e surpreendendo para cima. Essa melhora no cenário econômico e a postura do FED de afrouxamento monetário até o desemprego ficar abaixo de 6,5% corroboram para a continuidade da recuperação gradual da economia americana em 2013. Na Europa, porém, há poucas novidades. A Zona do Euro segue com o desafio de reduzir seu endividamento, o que continuará limitando o crescimento econômico da região. Apesar da redução considerável do risco de ruptura após o FMI e o Eurogrupo (grupo dos ministros de finanças da Zona do Euro) fecharem um acordo sobre a liberação de recursos para o governo grego, ainda existe indefinição sobre a necessidade de ajuda à Espanha, cuja taxa de desemprego em 25% é um sério problema. Preocupante também é contaminação que os indicadores econômicos ruins dos outros países da Zona do Euro têm produzido na Alemanha, que apresentou deterioração na produção industrial. Mesmo assim, as bolsas europeias continuaram se valorizando, com Frankfurt subindo 2,79%, Londres 0,53%, e Paris, 3,73%. O Euro valorizou-se 1,59%, sendo cotado a USD / EUR 1,3193. Na China, há sinais visíveis de melhoria nos recentes indicadores econômicos, com os dados do comércio varejista e da produção industrial, sugerindo aceleração da atividade. Esse movimento ocorre mesmo sem estímulos fiscais e monetários significativos por parte das autoridades,
que parecem estar satisfeitas com o ritmo de expansão do PIB ao redor de 7,5% e 8% a.a. As bolsas da