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Mulher educada para casar: São Luís no período colonial
(1755-1822)
Priscilla Pereira Lima Martins (HISTÓRIA – UFMA) [e-mail] Resumo: O presente estudo pretender analisar a educação que era repassada para as mulheres e o comportamento que elas deveriam ter perante a sociedade e as atividades exercidas, no século XVII e XVIII, na história de São Luís.
Essas mulheres possuíam condutas de submissão ao homem, devendo respeito e obediência ao pai e quando casada ao marido. O principal papel dessa mulher na sociedade era de procriar e cumprir com suas obrigações de esposa e de mãe. A mulher era preparada para o casamento, e o dote tornava-se o meio principal para união conjugal. No período colonial o casamento servia como proteção e sustento para a mulher.
Palavras-Chaves: Mulher, dote, educação, comportamento.

Introdução: A figura da mulher na sociedade sempre foi vista como um sexo frágil e incapaz de realizar atividades, que foram destinadas para o sexo masculino.
No campo desses discursos surgiram os movimentos feministas, que se tornaram assegurados através das novas vertentes das correntes historiográficas. Essa nova abordagem no campo da história tem como preocupação analisar os fatos e os personagens da sociedade. Através dessas análises, podemos entender a participação da mulher na sociedade, no período colonial.
No discurso feito pela igreja à mulher era vista como algo perigoso e traiçoeiro, sendo observado no Jardim do Éden, quando Eva foi a primeira a cair em tentação ao comer o fruto envenenado levando Adão a desobedecer ao Senhor1. A medicina considerará o corpo feminino como algo misterioso para ciência, levados
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DAVIS, Natalie. In: Culturas do povo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. 107.

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pelo “O desconhecimento anatômico, a ignorância fisiológica e as fantasias sobre o corpo feminino acabava abrindo espaço para que a ciência médica construísse um saber masculino e um discurso de desconfiança em