NEGRO
Dados da UFRJ apontam que afrodescendentes tem menos acesso à Previdência e consequentemente menor sobrevida
A segunda edição do relatório anual das Desigualdades Raciais no Brasil, foi publicado hoje, 19 de abril, pelo LASER – Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais, órgão da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), dados alarmantes sobre a condição de vida dos afrodescendentes brasileiros através de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Segundo a pesquisa, afrodescendentes tem menos acesso à Previdência Social e conseqüentemente menor esperança de sobrevida no país. Nos dados referentes a 2008, 44,7% dos auto declarados pretos ou pardos não estavam protegidos pela Previdência Social. Entre os auto declarados brancos, esse índice caiu para 34,5% (mulheres são mais afetadas do que os homens). Em todo o país, a expectativa de vida dos afrodescendentes de ambos os sexos era de 67,03 anos. Entre os auto declarados brancos, esse número subiu para 73,13 anos. order viagra 1
Os dados do relatório apontam programas governamentais de transferências de rendimento, como o Bolsa Família, como os principais responsáveis pela redução nas desigualdades sociais, sendo 24% das famílias chefiadas por afrodescendentes (7,3 milhões) cadastradas no programa do governo federal.
Em relação ao analfabetismo, segundo o relatório, existe um atraso no país no processo de alfabetização de crianças e jovens afrodescendentes. Ao longo de todas as faixas da população em idade escolar, a taxa de analfabetismo registrada entre pretos e pardos é maior do que o dobro da apresentada pelos brancos.
Números do relatório apontam que, em 2008, 6,8 milhões de pessoas em todo país que frequentavam ou tinham frequentado a escola permaneciam analfabetos, sendo os afrodescendentes 71,6% do total. Nem metade das crianças negras e pardas, entre os 11 e os 14 anos, estudava na série