Negro no brasil
Reforçamos que um dos aspectos relevantes que nos traz a Lei 10.639/03 é o do restabelecimento do diálogo, rompendo-se o monólogo até então único valor civilizatório. A lei, portanto, rompe com a idéia de subordinação racial no campo das idéias e das práticas educacionais, e propõe conceituar,pela escola, o negro, seus valores e as relações raciais na educação e na sociedadebrasileira. Alexandre Nascimento resgata, por dentro e por fora, em seu “Negritude e cidadania: o movimento dos cursos pré-vestibulares populares”, a história do Pré-vestibular para Negros e Carentes (PVNC), organização da qual é um dos fundadores, e que tem sido tema de suas pesquisas de mestrado e doutorado. O PVNC se organiza para preparar e fortalecer as possibilidades de aprovação nos vestibulares dos jovens negros e oriundos das camadas populares embora, segundo ele, esse objetivo por vezes se amplie e extrapole. Maria Alice Rezende apresenta: A politica de cotas para negros na Universidade do Estado do Rio de Janeiro”. A autora inicia partir dos anos de 1990. Em seguida trata da implantação das cotas na UERJ,amparada por legislação estadual entre 2000 e 2003. Discute a metodologiade seleção dos estudantes, os critérios para os candidatos e o sistema declassificação da cor adotado pela Universidade. Conclui que o debate sobreas cotas reacende o tema da democratização de acesso ao ensino superior,assinalando que as vagas oferecidas pelas universidades não atendem as demandas de todos os setores da sociedade, especialmente daqueles que estão sub-representados, como é o caso dos negros. O sistema de cotas para negros em universidades Algumas universidades brasileiras estão se aventurando em um novo programa: o de cotas para negros. Trata-se de uma iniciativa de garantir alguma porcentagem de vagas dessas universidades para estudantes negros, com o objetivo de pagar uma dívida histórica com esta minoria étnica. No entanto, precisamos