Negociações e conflitos
BOLSISTA: GISLEANDRA BARROS DE FREITAS
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
O livro Negociação e conflito retratam a vida dos negros no Brasil no campo econômico, político e religioso, mostrando uma visão diferente dos estudos que mostravam apenas a escravidão como um sistema absoluto e rígido e os escravos como vitimas absolutas e não como heróis que demonstraram sua bravura e heroísmo de rebeldia. Os escravos negociavam mais do que entravam em conflito para lutar abertamente contra o sistema, quando a negociação falhava com seus senhores, restava aos escravos apenas a fuga. Mas segundo Sandra Graham que analisou a vida dos escravos e seu dia-dia constatou que apesar de tantos problemas que os escravos enfrentavam conseguiam viver bem dentro dos limites que a escravidão permitia. O sistema colonial escravista foi pela historiografia brasileira negligenciada e motivos contribuíram para isto, primeiro as correntes tradicionais que esbarraram com o fenômeno do liberalismo dos senhores, sem perceber, por isso suas motivações mais profundas. Por falta de um contato mais profundo com os documentos de arquivos, encerraram as questões em termos puramente lógico-abstratos, colocando o escravo como mero “res”, instrumento de produção, propriedade de outrem, não teria, simplesmente, uma economia própria.
Os escravos achavam brechas na sociedade para fugir quando percebiam que os homens brancos estavam divididos, as fugas era reivindicatório o que seria uma espécie de “greve” nos dias de hoje, reivindicavam: melhores condições de trabalhos e vida trocam de senhor, separação de parentes, quebra de acordo por senhores severos que invadiam as terras de subsistência dos escravos ameaçando a “brecha camponesa” (economia própria do escravo quando este adquiria do seu senhor um lote de terra para plantar e se alimentar) alguns