NEGOCIAÇÃO
Se um profissional demonstra ter perfil analítico, busca incessantemente por inovações, desenvolve novas ideias e tem a capacidade de analisar cenários, é considerado um intraempreendedor e deve merecer atenção especial.
Perfil intraempreendedor caracteriza aquele profissional disposto a criar mudanças e projetos dentro da empresa onde trabalha e que tendem a se destacar na equipe.
Nos últimos anos, esse perfil passou a ser ainda mais valorizado pelas companhias, uma vez que o mercado tem sinalizado que é uma tendência as empresas passarem a dar mais atenção – e ouvidos – para essa inquietação. Muitos intraempreendedores costumam chegar aos cargos mais altos, exatamente por apresentarem um perfil mais proativo, crítico e inovador.
A história de intraempreendedorismo de Gleice Luciane
Ouvir o relato da atual Coordenadora de Processos Gleice Luciane, há 9 anos na indústria automotiva francesa que produz automóveis sob as marcas Peugeot e Citroën em Resende – RJ, é um aprendizado para aqueles que buscam empreender em organizações.
Admitida em 2000 como estagiária no Setor de Engenharia da chaparia, ela enfrentou grandes desafios, sendo o primeiro deles o fato de não falar francês. Gleice conta que aos poucos, com ajuda de colegas, exercitando a desinibição e a coragem para falar, aprendeu em pouco tempo. Em 2001, recebeu a demanda de realizar um “estágio-operário”, que consistia em passar cerca de duas semanas realizando um trabalho mecânico e repetitivo no chão da fábrica. Desse estágio, Gleice elaborou um relatório que foi considerado excelente em conjunto com outros três operadores pertencentes a este posto de trabalho. Nessa oportunidade, percebeu que grandes ideias podem vir daqueles que executam as tarefas, pois segundo ela, eles sempre têm algo que não está escrito em nenhum livro ou norma da empresa, eles têm o savoir-faire (saber fazer) – o conhecimento tácito que adquiriram no dia-a-dia, um tesouro de oportunidades de melhoria nos