NEGOCIAÇÃO EM EVENTOS CRÍTICOS COM REFÉNS
POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE ENSINO
ACADEMIA POLICIAL MILITAR DO GUATUPÊ
NEGOCIAÇÃO EM EVENTOS CRÍTICOS COM REFÉNS
¬¬¬¬ PONTES, VALTER WILTEMBURG- CEL PMPR Instrutor
CURITIBA - PARANÁ
APRESENTAÇÃO
Entre as diversas atividades do homem, muitas delas são voltadas em maior ou menor grau para a administração de situações críticas, quando o indivíduo, o grupo ou instituições se deparam com ameaças e há necessidade de respostas imediatas e eficazes para a sobrevivência. Entre todas aquelas atividades, as das instituições de segurança sobressaem-se como das mais difíceis, justamente por se constituir em constante administração de crises. Atuando sempre nos conflitos e situações de ameaça à vida, à liberdade e ao patrimônio, profissionais de polícia de todos os níveis, convivem diuturnamente com situações de perigo para si e para outrem. Tal verdade inquestionável justifica, por si só, a necessidade de preparação de todos os escalões das instituições policiais para a administração de incidentes críticos, aí incluídos desde o atendimento de um parto de emergência; a prisão de um delinqüente; combate a incêndios; salvamentos; controle de multidões; libertação de reféns, entre outras.
A grande ênfase da preparação do policial para neutralizar adversários é um paradoxo, pois sua missão é justamente proteger pessoas e salvar vidas. Apesar daquela necessária ênfase no uso de meios letais para a solução de situações críticas, só se justifica tal emprego como recurso extremo, e quando amparado por princípios legais, éticos e morais. O emprego daqueles meios, fora daqueles parâmetros, constitui-se numa distorção da missão legítima da polícia e o desejo de usá-los como opção preferencial constitui-se em distorção da personalidade desejável do profissional de polícia.
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