Negação e isolamento (temor da morte)
São mecanismos de defesas temporários do EGO contra a dor psíquica diante da morte. Esse tema- MORTE - vai despertar o interesse científico de tal maneira que ressurgirá, com um novo vigor, o ramo da ciência voltado para esse assunto, a Tanatologia, campo de atenção de várias áreas. A ciência passou a mostrar o pouco que se sabe sobre essa última experiência empírica de todos nós. Mas o que acontece conosco no enfretamento da morte? O Modelo de Elisabeth Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos (Negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e aceitação) com o qual as pessoas passam a lidar com a perda, o luto e a tragédia. O primeiro estágio é chamado de negação e isolamento. Diante da informação da inevitabilidade de sua morte, a pessoa inicialmente não acredita naquilo que os médicos dizem. Essa negação pode ser parcial, seja nos primeiros estágios da doença ou logo a sua constatação, embora aconteça às vezes numa fase posterior. O paciente em fase terminal pode considerar a possibilidade da própria morte durante algum tempo, mas precisa ignorar tal pensamento a fim de conseguir lutar pela vida. Ele determina, direta ou indiretamente, seus limites, sinalizando até onde se pode falar sobre a doença. Muitas vezes o médico esclareceu tudo a respeito do diagnóstico, falou abertamente sobre seu estado de saúde, mas de alguma forma o paciente deixa de considerar algumas informações e só escuta ou absorve o que lhe “convém” naquele momento. Esse tempo faz-se necessário para que o doente se fortaleça, busque estratégias psicológicas de enfretamento que sejam mais eficazes, possibilitando uma aceitação gradativa e menos trágica de compreensão da realidade. Todavia, a negação não encerra a vontade que o paciente tem de conversar sobre a sua enfermidade. Ele precisa falar de seus temores, de suas dúvidas, de seus conflitos e de sentimentos negativos que nesse momento