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OS SEGREDOS DA MORTE.

No decorrer da pesquisa contata-se que alguns autores acreditam que as primeiras cidades surgiram com os mortos. Isto quer dizer que os “mortos foram os primeiros a ter uma moradia permanente: uma caverna, uma cova assinalada por um monte de pedras, um túmulo coletivo... a cidade dos mortos antecede a dos vivos”. (ZIEGLER, 1977: 48). Isto se comprovou através das descobertas arqueológicas que mostram os vários tipos de sepultamento existentes desde o período pré-histórico. Nesse momento, quando o homem passa a ter noção de sua existência, andando comendo, dormindo, emitindo sons. Seu rosto expressa tédio, amargura, riso, alegria, esse ao se deparar com um corpo inerte que não mais emite qualquer reação, deixa-o desconcertado, causando-lhe receio e espanto. Para este homem, a morte era um mistério inexplicável e como ele sonhava com os seus mortos, acreditava que a força que os movia não desaparecia com o fim da vida e sim passava para um outro "plano". Havia então, a necessidade de cultuá-los colocando os seus utensílios, comida e objetos pessoais para que pudessem suprir suas necessidades e continuar suas atividades "pós-morte", certificando-se, desta maneira, que os mortos não voltariam. Foi através dos sonhos, que o homem pré-histórico passou a acreditar em "alma do além", "cadáveres vivos", "assombrações". Sendo assim, o homem adorou primeiro os seus mortos e depois qualquer outra divindade, nascendo o pensamento do sobrenatural, mesclando o visível ao invisível, do humano ao sublime do passageiro ao imortal. Graças a este culto, os historiadores puderam retratar a história política social e econômica do período paleolítico, de homens que deixaram suas marcas através dos objetos depositados nos túmulos.

POR QUE SEPULTAR?

O homem primitivo primeiramente deixou os corpos de seus mortos ao ar livre, mas ele percebeu que isto os deixava muito sensível