necessidades humanas
As necessidades humanas e a produção são dois elementos essenciais da vida econômica. Desde que o homem existe, viu-se ele obrigado a lançar mão dos objetos do mundo que o rodeia para satisfazer suas necessidades. O sociólogo francés HENRY LEFEBVRE diz uma vez que “o homem é o ser das necessidades”. Ou seja, o homem é um ser essencialmente carente, indigente, sempre em processo de realização, nunca plenamente acabado.
O educador brasileiro PAULO FREIRE enfatiza essa condição humana: “O homem é um ser na busca constante de ser mais e, como pode fazer esta auto-reflexão, pode descobrir-se como um ser inacabado, que está em constante busca. Eis aqui a resposta da educação. A educação é uma resposta de finitude.” Esta linha de pensamento do homem como ser inacabado é abordada de forma magistral pelo João Guimarães Rosa em sua obra universal Grande Sertão: Veredas.
As necessidades variam, se modificam historicamente, agora o fato do homem existir como carente é uma constante humana. Precisa manter seu corpo com o alimento, defendê-lo das inclemências do meio. Essas são as necessidades básicas, imprescindíveis para a subsistência. A partir daí, muitas e diferentes necessidades se criam e acumulam em sua vida, dependendo de inúmeros fatores pessoais e sociais.
Os professores latino-americanos Aníbal Pinto e Carlos Fretes ao classificar as necessidades humanas em individuais (corporais, espirituais e de luxo ou consumo suntuário) e coletivas, se referem as corporais, como sendo aquelas que dizem respeito as fundamentais, como alimentação, respiração, reprodução, abrigo e vestuário. Dentre elas, no entanto, podemos distinguir aquelas que não têm caráter absoluto, mas sim relativo, e estão condicionadas ou induzidas pela chamada existência social do homem. Dito de outra forma é o meio social (ou o estágio da civilização) que podemos dizer, cria certa obrigatoriedade na diversificação do atendimento a essas necessidades. È a relação do