Necessidades especiais
CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Introdução
O estudo que investiga a inclusão de crianças com necessidades especiais na educação física das escolas públicas da região do Vale do Taquari requisita explorar uma justificativa que envolve aspectos de uma cultura educacional e social, bem como os aspectos da problemática da inclusão na educação física escolar. O ponto de partida para as reflexões se ampara nas afirmações de Góes (2005) cujos estudos apresentam pequena inserção de crianças com necessidades especiais na classe regular. A pergunta que pode ser realizada na seqüência é: se na classe regular há pouca inclusão, como está a realidade quando se trata da educação física na escola? Outro destaque inicial se volta para a escassez e a carência de estudos da área da Educação Física e inclusão escolar, conforme consulta ao banco de teses e dissertações da CAPES, bem como a necessidade atual de estudos nessa área ao considerar os aspectos legais e educacionais, levando em consideração a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e a Declaração de Salamanca em 1994. Trata-se de uma necessidade atual que possui forte impacto social na prática educativa regular, cujos professores, alunos e sociedade em geral podem beneficiar-se enormemente em suas perspectivas humanizadoras e do desenvolvimento de valores educativos. Tal realidade não é um processo simples. Vygotsky (1997) apresenta a problemática da prática da escola de educação especial que isola cada vez mais a criança das experiências coletivas e das relações diferentes. Tais escolas construíram um mundo a parte para os deficientes com trabalhos e estudos próprios, mas que servem apenas para isolar e cada vez mais confirmar a idéia de que não se deve conviver em conjunto das pessoas com necessidades especiais. A histórica segregação exercida na prática da Educação Física no Brasil esclarece o papel da educação física na história, bem como o