Ndio Quer Terra

Índio quer terra!

A distribuição de terras no Brasil, desde sua formação territorial, se destacou por um processo excludente. De modo que, os índios - população nativa – com a ocupação, o domínio e a posse das terras por fazendeiros e posseiros ficam desalojados de suas propriedades, que por lei possuem direitos originários. A miscigenação classifica por ser um valor inerente do povo brasileiro. Com isso, os indígenas também fazem parte da democracia globalizada existente no país. Assim como, não podem ter seus direitos amputados para exercer sua isonomia e isegoria diante da sociedade. Como diz Djavan, “Apesar de minha roupa, também sou índio”. Logo, inserir os povos nativos num processo constitucional, não necessariamente irá restringi-los de exercerem sua cultura e costume, mas, trará ônus a seus ideais culturais. A Constituição Federal ratifica que a demarcação territorial para os indígenas leva em conta todo o espaço utilizado pelo índio para sobreviver e para suas crenças. Bem como, as terras para os índios são mais do que uma forma de subsistência, representa uma estrutura de vida social associado às crenças e o conhecimento. No entanto, há a ocorrência de conflitos entre os povos nativos e os fazendeiros e posseiros pela grilagem e posse das propriedades, causando muitos homicídios. Assim, a questão indígena é complexa, pois, envolve a preservação desses povos, exploração e o avanço da sociedade colonizadora de suas terras. Parafraseando Darcy Ribeiro, parece que, para o governo federal, ruralistas e parte da mídia, índio bom é índio morto. Porém, a luta indígena é caracterizada pelo direito originário da terra e também pela participação política e social nas questões de cunho democrático. A fim de, inseri-los igualitariamente na sociedade e ressarcir os danos aplicados contra o povo nativo desde época colonial.