Nazismo

1279 palavras 6 páginas
A Filosofia mudou depois de Auschwitz
Para continuar sendo chamada de Filosofia, essa ciência precisa se “encontrar com seus fundamentos éticos de sentido”, e questionar pelo sentido que o Ser deve assumir para construir um mundo no qual não haja mais espaço para a barbárie
Por: Márcia Junges
Questionado se a Filosofia mudou após Auschwitz, o filósofo Ricardo Timm foi enfático: “Definitivamente, se quiser merecer continuar sendo chamada de Filosofia”. E justifica: “A Filosofia é obrigada, pelo horror e pelo imperativo de sua evitação, a se encontrar com seus fundamentos éticos de sentido. O problema não é mais questionar pelo Ser, mas questionar pelo sentido que o Ser deve assumir na construção de um mundo em que Auschwitz não tenha lugar”. As declarações fazem parte da entrevista a seguir, concedida por e-mail, à IHU On-Line. Em seu ponto de vista, é difícil imaginar que algum filósofo tenha vivenciado o horror nazista e ficado indiferente. Se ficou indiferente, provoca Timm, “duvido muito que permaneça merecendo essa designação de “filósofo”. Os pensadores se viram na obrigação de “sobreviver” a esse trauma radical. Dessa forma, Timm destaca Adorno pela elaboração de um “modelo de pensamento que propõe alternativas sólidas à violência que Auschwitz e tudo que se lhe assemelha significa”. As filosofias de Lévinas, Heidegger, Nietzsche e Hegel também são tema da entrevista a seguir.

Timm é graduado em Instrumentos, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Estudos Sociais e Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Também cursou o mestrado em Filosofia, pela mesma universidade, e doutorado em Filosofia, pela Universität Freiburg (Albert-Ludwigs) com a tese Wenn das Unendliche in die Welt des Subjekts und der Geschichte einfällt - Ein metaphänomenologischer Versuch über das ethische Unendliche bei Emmanuel Lévinas. Escreveu inúmeros livros, entre eles, Sujeito, Ética e História - Lévinas, o traumatismo

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