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Capitão-de-Mar-e-Guerra
ARTE NAVAL
Volume II
6a edição
2002
Ó 2001 Serviço de Documentação da Marinha
1a edição: 1954
2a edição: 1960
3a edição: 1982
4a edição: 1985
5a edição: 1989
6a edição: 2002
F676a Fonseca, Maurílio Magalhães, 1912-
Arte Naval / Maurílio Magalhães Fonseca. – 6.ed. –
Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha,
2002.
2v.: il.
ISBN 85-7047-051-7
Inclui índice
1. Navios – nomenclatura. 2. Navios – classificação.
3. Navios – manobra. 4. Marinharia. I. Título
II. Serviço de Documentação da Marinha (Brasil)
CDD 20.ed. – 623.8201
CAPÍTULO 12
MANOBRA DO NAVIO
SEÇÃO A – GOVERNO DOS NAVIOS DE UM HÉLICE
12.1. Fatores de influência no governo dos navios – Manobrar um navio é uma arte e só se consegue manobrar bem à custa de muita prática no mar. Neste capítulo apresentaremos algumas considerações teóricas e regras práticas estabelecendo certos princípios que auxiliam a compreender a ação evolutiva dos navios em geral. Mas, desde já, advertimos que estes princípios devem ser empregados com o devido resguardo, não podendo ser generalizados, ou aplicados imediatamente a qualquer embarcação, ou ao mesmo navio, em situações diferentes, pois há sempre uma situação particular em cada manobra, dependendo do navio, do estado do tempo e do local.
Os seguintes fatores têm influência no governo de um navio: (1) efeito do leme; (2) efeitos do propulsor; (3) corrente de esteira; (4) condições de mar e vento;
(5) calado, trim e banda; (6) pouca profundidade; e (7) pequena largura de um canal.
Quando não se disser o contrário, o navio que se considera neste capítulo é de tamanho médio, não tem formas especiais, está em sua flutuação normal, tem o leme de forma ordinária por ante-a-ré do hélice e está flutuando em mar tranqüilo de fundo regular, sem vento nem correnteza. Isto é uma consideração importante porque, para facilitar o raciocínio, estudaremos a influência daqueles fatores separadamente,