Natureza e homem
“Fui para os bosques viver de livre vontade, para sugar todo tutano da vida, para aniquilar tudo o que não era vida, e para, quando morrer, não descobrir que não vivi.” Desse modo Henry Thoreau no livro “Walden” em português “A vida nos bosques”, expressa sua vontade de construir sua existência no mundo, em contato com a natureza, (todo o ambiente existente que não teve intervenção do homem) deixando de lado o modo artificial de vida que a civilização o impôs. Segundo Rousseau em sua teoria entre a Natureza e sociedade, a civilização é vista como responsável pela corrupção das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua mudança pela cultura intelectual, em outras palavras, a civilização é responsável pela uniformidade artificial de comportamento, imposta pela sociedade às pessoas, levando estas a ignorar os deveres humanos e as necessidades naturais. Deve-se chamar atenção aqui que Rousseau não pretendia com esta teoria, que voltássemos ao estado primata, mas sim criticar os abusos do estado social civilizado e não repudiar os valores humanos. Em Rousseau o abuso é o mau uso da cultura civilizada, a perda de conhecimento do si em favor do culto dos refinamentos, das mentiras convencionais, da exibição vaidosa da inteligência e da cultura, onde se busca mais a admiração do próximo do que a satisfação da própria consciência. Segundo Rousseau, é dever fundamental de todo homem o retorno à pureza do conhecimento natural, dessa forma ele se conhece, “conhece- te a ti mesmo”, quem em Socrátes é tarefa intelectual a cargo da razão, mas em Rousseau é o sentimento, para a penetração na essência da interioridade, deixando de as convenções da razão civilizada, desta forma é o sentimento, instrumento de conhecimento. Rousseau enxerga a Natureza como a fonte de felicidade humana, pois o homem que constrói sua existência em contato com a mesmo não é atingido pela angústia diante de doenças e da morte, a Natureza palpita dentro de cada ser