Naturalismo no Brasil
Este movimento chegou ao Brasil no final do século XIX. Os escritores brasileiros abordaram a realidade social brasileira, destacando a vida nos cortiços, o preconceito, a diferenciação social, entre outros temas. O principal representante do naturalismo na literatura brasileira foi Aluísio de Azevedo. Suas principais obras foram: O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço. Outros escritores brasileiros que merecem destaque: Adolfo Caminha, Inglês de Souza e Raul Pompéia.
Características do Naturalismo
O mundo pode ser explicado através das forças da natureza;
O ser humano está condicionado às suas características biológicas (hereditariedade) e ao meio social em que vive;
Forte influência do evolucionismo de Charles Darwin;
A realidade é mostrada através de uma forma científica (influência do positivismo);
Ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas;
A linguagem é coloquial;
Os principais temas abordados nas obras literárias naturalistas são: desejos humanos, instintos, loucura, violência, traição, miséria, exploração social, etc.
Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máquina guiada por vários fatores: leis físicas e químicas, hereditariedade e meio social, além de estar sempre à mercê de forças que nem sempre consegue controlar. Para os naturalistas, o homem é um brinquedo nas mãos do destino e deve ser estudado cientificamente.
Aluísio de Azevedo
Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, o romancista Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão em 14 de abril de 1857. Durante grande parte de sua vida, Aluísio de Azevedo viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao entrar para a vida diplomática ele abandonou a produção literária. Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880.