Natação: planeamento do treino fora de água num macrociclo1. Introdução Neste trabalho, vamos centrarmo-nos num dos muito aspectos que interfere de forma determinante no resultado desportivo dos nadadores. De todos os conteúdos planeados neste 1º macrociclo, a nossa atenção e reflexão recai sobre o treino da força (hipertrofia, coordenação intramuscular e pliometria) e sobre o treino da flexibilidade. No entanto faremos referência a outros conteúdos planeados. O treino de força é uma parte integral da preparação dos nadadores de competição. Assim, muitas têm sido as vertentes utilizadas no que a ele diz respeito. Ao longo dos anos, foram-se alterando as metodologias utilizadas pois muitas vezes a carreira de alguns nadadores foi interrompida por um trabalho mal dirigido. Provocavam-se aumentos musculares excessivos, com o consequente aumento da superfície corporal e aumento do arrasto hidrodinâmico. Neste trabalho, vamos ainda apresentar os métodos de treino de força utilizados e os conhecimentos científicos em que baseamos o nosso trabalho, assim como, a relação que a utilização desses métodos poderão ter na natação. Todos os métodos de treino de força são diferentes e produzem efeitos significativamente distintos no rendimento neuromuscular (Siff e Verkoshansky, 2000). De forma geral, podemos destacar a existência de duas vertentes metodológicas no treino de força. Uma delas defende a especificidade, onde se devem estimular os distintos gestos desportivos tendo em consideração as suas características, como a velocidade, a curva força-tempo, o tipo de contracção muscular, entre outras. A outra vertente, defende que apenas é necessário treinar os músculos relevantes sem ter em conta a especificidade do treino muscular. Os defensores desta vertente acreditam que uma prática separada das habilidades técnicas permitirá à posteriori transmitir os ganhos de força para os movimentos desportivos específicos. Ambas as vertentes de treino melhoram o