Natação
A ascensão da natação brasileira inicia com Maria Lenk. Em 1939, a nadadora carioca de família alemã que havia começado a nadar por problemas de saúde bateu o recorde mundial dos 200m Peito (2:56.90) Ela também bateu o recorde mundial dos 400m Peito com 6:15.80, mas mesmo na época essa não era uma prova olímpica. Lenk se beneficiou do pioneirismo de uma mudança de estilo que daria origem ao nado borboleta, ou seja, nadando borboleta, ela bateu os recordes mundiais de peito, antes que o estilo borboleta fosse regulamentado e separado (isso ocorreu somente em 1952). Infelizmente não houve olimpíadas em 1940 e 1944, e Maria Lenk não pode medir forças com o restante do mundo. Seus recordes mundiais, porém, abriram o longo caminho que percorremos até a glória olímpica máxima do Cielo. Maria Lenk é até hoje a única brasileira a ingressar no Hall of Fame da natação.
Treinando no Yara Clube de Marília, então uma cidade com menos de 30.000 habitantes a cerca de 6h de trem de São Paulo, o nissei Tetsuo Okamoto obteve o bronze olímpico em Helsinque – 1952, nos 1500 Livre com 18:51.3, em um pódio “japonês”, já que o ouro foi de Ford Konno (18:30.3), um nissei americano, e a prata ficou com o japonês Shiro Hashizume (18:41.4). Tetsuo abria assim o panteão de medalhistas olímpicos brasileiros.
O próximo medalhista olímpico brasileiro foi o paulistano Manoel dos Santos Jr, que obteve o bronze em Roma – 1960 na prova dos 100m livre. Durante a final, nos primeiros 50m Manoel estava na frente, mas empolgado com a liderança não viu a borda, acabou errando a virada (virou com a mão), e foi ultrapassado pelos seus adversários Devitt (AUS) e Larson (EUA). Manoel retomou a liderança por volta dos 75m, mas por causa do esforço extra cansou e foi novamente ultrapassado. O resultado final (decidido pelos juízes de chegada) foi ouro para Devitt com 55.2, prata para Larson (55.2) e o bronze para Manoel (55.4). No ano seguinte, mais acostumado com a virada olímpica, pediu três